domingo, 31 de agosto de 2008


Depois de dois anos de sucesso Brasil afora, o musical "Renato Russo" reestréia no Rio em temporada popular no Teatro João Caetano


O celebrado monólogo musical, interpretado por Bruce Gomlevsky e escrito por Daniela Pereira de Carvalho ganhou o Prêmio Shell 2007 de Melhor Direção, para Mauro Mendonça Filho, e já foi visto por mais de 100.000 espectadores em 26 cidades brasileiras

A trajetória pessoal e artística do cantor e compositor Renato Russo, que ganhou os palcos em 2006 com texto de Daniela Pereira de Carvalho, direção de Mauro Mendonça Filho e interpretação de Bruce Gomlevsky, volta à cena no Rio de Janeiro para uma temporada popular no Teatro João Caetano. Após passagens bem-sucedidas de crítica e público por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo , "Renato Russo" já acumula três indicações ao Prêmio Eletrobrás em 2006 (melhor ator, melhor texto e melhor iluminação) e três indicações ao Prêmio Shell em 2006 (melhor ator, melhor direção e música ao vivo), conquistando o de melhor direção na premiação de 2007.

Personalidade contundente, porta-voz de uma geração, ícone da história do rock brasileiro, o líder da banda Legião Urbana, ainda hoje, doze anos após sua morte, é um provocador não só para sua geração, mas para as que se sucederam.

"É uma grande homenagem a um artista brilhante que influenciou todo o país, não apenas por meio de sua obra – sua linda voz, suas belíssimas letras – mas, sobretudo, por sua postura ética e artística num país como o Brasil, tão cheio de dificuldades. Artistas da magnitude de Renato Russo são cada vez mais raros num mundo que privilegia celebridades instantâneas e assuntos superficiais", afirma Bruce Gomlevsky, que teve a idéia de levar a vida e obra do legionário aos palcos. Para o ator, a obra do líder da Legião Urbana está na memória dos que viveram aquela época e, ainda, "é capaz de atingir da mesma forma uma nova geração de jovens que sequer eram nascidos quando Renato tocava para numerosas platéias em todo o país".


O ESPETÁCULO

A concepção de "Renato Russo" deu-se a partir de uma minuciosa pesquisa realizada pelo ator e pela autora sobre letras, depoimentos e entrevistas, matérias jornalísticas, livros e imagens de shows de Renato com a Legião Urbana e em carreira solo, além de entrevistas com parentes e amigos do cantor. Em cena, Gomlevsky vivencia os acontecimentos mais importantes da trajetória do músico, privilegiando passagens marcantes e preservando o que, em vida, o próprio artista fez questão de preservar.

A narrativa utiliza, em sua maior parte, citações literais de Renato Russo. As demais passagens são fruto da liberdade poética da autora e do ator. Embora não se trate de uma biografia linear, a peça aborda desde sua adolescência em Brasília, até o estrelato. O roteiro inclui passagens que mostram a banda Aborto Elétrico, as dores e alegrias vividas com a Legião Urbana, a chegada do filho Giuliano, a declaração de sua homossexualidade e o desejo de recolhimento.

Show, projeções, banda ao vivo e 22 músicas estão no roteiro, entre clássicos da Legião Urbana e outras lançadas em discos solo do cantor. A banda Arte Profana acompanha Bruce Gomlevsky, que, no palco, dá voz a todas as canções.

FICHA TÉCNICA

Idealização, Interpretação e Pesquisa Bruce Gomlevsky

Dramaturgia e Pesquisa Daniela Pereira de Carvalho

Colaboração na Dramaturgia Mauro Mendonça Filho e Bruce Gomlevsky

Direção Geral Mauro Mendonça Filho

Direção Musical Marcelo Neves

Iluminação Wagner Pinto

Cenógrafo Bel Lobo e Bob Neri

Figurino Jeane Figueiredo

Direção de Produção Julia Carrera, Bruce Gomlevsky

Divulgação João Pontes e Stella Stephany – JSPontes Comunicação


LOCAL: Teatro João Caetano

Praça Tiradentes, s/n – Centro/RJ tels: 21 2299 2141 / 2299 2142

HORÁRIOS: 6ª e sábado, às 19h30; e domingo, às 18h30

DURAÇÃO: 120 min.

INGRESSOS: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 anos


Foto: Guga Melgar (divulgação)

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Essa peça realmente é muita boa.
Admiro muito o trabalho do Renato Russo. Já assisti a peça 2 vezes qd estava nos Correios.

Gostei da metáfora do garoto que encontra o megafone no meio do deserto.
Rs

E. Mello